Professor da FEARP/USP e da EAESP/FGV. Membro do Conselho da Associação Mundial de Alimentos (IFAMA) e criador da plataforma DoutorAgro.com. Publicou, com sua equipe, mais de 50 livros em 10 países.
Escreve a coluna Agronegócio
Publicado em 13/07/2020
(Resumo de junho e observações destaque para julho)
Começando com a economia mundial, o cenário criado pelo isolamento social e a retração econômica continuam a ser um problema. O 2º semestre é uma incógnita ainda, além disso, é possível observar problemas advindos das interrupções de cadeias produtivas, como nos Estados Unidos, na maior inflação dos alimentos (2,6% só em abril). A explicação envolve o fechamento de algumas plantas industriais e custos maiores de produção e transporte.
Na economia brasileira, a má notícia é a retração do PIB. O boletim Focus do BACEN de 26 de junho revela expectativa de fechamento do IPCA em 1,63% para 2020 e 3,0% em 2021. O PIB deve ter uma redução de 6,54% em 2020 e crescimento de 3,5% em 2021, já a meta da Selic deve encerrar em 2,0% e 3,0%, respectivamente. O mercado espera um câmbio de R$ 5,20 no fechamento deste ano e R$ 5,00 no próximo. Nossa expectativa é que tenhamos algo próximo a US$ 1 = R$ 4,70 em dezembro.
Para o agronegócio, a Companhia Nacional de Abastecimento (CONAB) estima uma produção de grãos de 250,5 mi de toneladas (3,5% superior que o ciclo anterior). A área plantada deve aumentar em 3,6%, chegando em 65,6 mi de hectares. A colheita quase fechada de milho primeira safra está com produção de 25,4 mi de toneladas, 0,8% inferior à passada. A segunda safra deve crescer 1,4%, com produção de 74,2 mi de toneladas, compensando a pequena queda anterior. Espera-se uma safra recorde para a soja com 120,4 mi de toneladas.
Segundo o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), as exportações do agronegócio atingiram novo recorde em maio, com US$ 10,93 bi, valor 17,9% maior que em 2019. As exportações do agro representaram 60,9% do total vendido pelo Brasil. Em 1º lugar está o complexo da soja, com US$ 5,88 bi (54% dos produtos agro) e, em 2º lugar, as carnes US$ 1,58 bi (+11,5%) em exportações, graças à carne bovina com valor de US$ 780 mi (+35,0%) e carne suína com US$ 266 mi (+57,3%). Quanto às importações, estas caíram 29,3%, totalizando US$ 835,78 mi. O saldo do agro ficou em US$ 10,1 bi.
Segundo o USDA, departamento de agricultura dos Estados Unidos, na safra 2020/21, os estoques mundiais de milho caíram em 0,5% e os de soja em 2,1%. A relação estoques/uso da soja cai de 27,3% para 26,6% e o de milho cai de 29,2% para 29%. A área de milho ficou em 37,2 milhões de hectares (-5%). Na soja a previsão foi de 33,9 mi de hectares (+10%). Pode-se dizer que foi um mês relativamente estável.
As incertezas causadas pela pandemia demandam busca por oportunidades no mercado e a sustentabilidade conectada ao agro pode ser uma alternativa nesse sentido, se souber ser trabalhada, já que o mundo está mais atento às iniciativas responsáveis das instituições. Para isso, é interessante compreender as questões atuais que estão relacionadas ao tema.
A pressão nas questões ambientais referente à produção brasileira vem forte, mas, por outro lado, os subsídios aos agricultores vêm crescendo mundialmente; foram analisados 54 países pela OCDE e o aumento encontrado, de 2017 a 2019, foi de US$ 708 bi por ano. Em notícia no Valor, a informação é que o apoio no Brasil é de 1,7% da renda do produtor, o que distorce o mercado internacional comparado a outros países. A imagem frente aos investidores faz toda a diferença e deve ser trabalhada.
O Brasil recebeu uma carta de 29 instituições financeiras que têm gestão de algo próximo a US$ 4 tri. Ressaltaram o compromisso com as questões de direitos humanos, aumento do desmatamento, regularização fundiária, indígenas e requisitos de licenciamento ambiental. A resposta a esse conteúdo precisa ser voltada para as ações que estão sendo feitas, comprovando-as com números e convidando-os a acompanharem a evolução que é bastante interessante.
Saber apresentar nossas ações em sustentabilidade (que não são poucas) neste setor é fator-chave para virar o jogo e tornar o Brasil fornecedor mundial de alimentos responsável. Documentos como o Plano de Investimento para Agricultura Sustentável, do MAPA junto a Climate Bonds Initiative (CBI) trabalham nesse sentido, trazendo à tona os investimentos verdes, sendo a CBI importante certificadora. Estima-se que mais de US$ 100 bi por ano possam ser aplicados em projetos verdes (integração lavoura-pecuária-floresta, plantio direto, fixação de nitrogênio).
Observações para julho: flexibilização do isolamento social e novas ondas de infecções, influenciando nas exportações do agro e preço de commodities; no Brasil, desafios das contaminações, gestão da crise política e seus efeitos no câmbio; o clima na safra dos EUA e na safra de inverno brasileira; impactos das restrições colocadas às importações por possíveis contaminações em cargas chinesas; campanha contra o Brasil na questão ambiental e seus impactos.
Acompanhe na página DoutorAgro.com, no canal do Youtube (com meu nome) os vídeos de agro que coloco semanalmente e, no LinkedIn, as notícias diárias.
A coluna de Marcos Fava Neves é escrita em parceria com Leticia Franco Martinez, mestre e doutoranda na Faculdade de Administração da USP em Ribeirão Preto com pesquisas em marketing estratégico com ênfase em sustentabilidade e agronegócio. Confira os materiais produzidos por Letícia no Instagram Tripé Sustentável e no Linkedin.
Economista e consultor. É diretor do Instituto de Economia da Associação Comercial de São Paulo, onde também atua como superintendente institucional. Autor dos livros "O Plano Real Para ou Continua" e "O Plano Real Acabou?".
Escreve a coluna Economia
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CEO da W Futurismo, Futurista Global, Estrategista, especialista em Foresight, em Comportamento Humano e em Gestão Positiva de Mudanças. Faz parte da comunidade da UNESCO em Futures Literacy.
Escreve a coluna Futurismo
CEO da W Futurismo, Futurista Global, Estrategista, especialista em Foresight, em Comportamento Humano e em Gestão Positiva de Mudanças. Faz parte da comunidade da UNESCO em Futures Literacy.
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Escreve a coluna Economia
Sócio da BDO RCS Auditores Independentes – líder da área de Esporte Total. Responsável técnico da plataforma Fair Play Financeiro, da CBF. Professor da CBF Academy e do curso de Gestão e Marketing Esportivo, da Trevisan Escola de Negócios.
Escreve a coluna Gestão do esporte
Sócio da BDO RCS Auditores Independentes – líder da área de Esporte Total. Responsável técnico da plataforma Fair Play Financeiro, da CBF. Professor da CBF Academy e do curso de Gestão e Marketing Esportivo, da Trevisan Escola de Negócios.
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Presidente do Instituto Chiavenato. Um dos autores nacionais mais respeitados na área de Administração e RH, com mais de 30 livros publicados. Professor convidado de várias universidades nacionais e do exterior.
Escreve a coluna Tendências da Administração
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CEO da W Futurismo, Futurista Global, Estrategista, especialista em Foresight, em Comportamento Humano e em Gestão Positiva de Mudanças. Faz parte da comunidade da UNESCO em Futures Literacy.
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Administrador com pós-graduação em Marketing. CEO da Giros Filmes, sócio da Mundo Real e ex-CEO da Agência TUDO. Um dos mais reconhecidos profissionais de Marketing do País
Escreve a coluna Marketing aplicado
CEO da W Futurismo, Futurista Global, Estrategista, especialista em Foresight, em Comportamento Humano e em Gestão Positiva de Mudanças. Faz parte da comunidade da UNESCO em Futures Literacy.
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Cofundador e presidente do Grupo Empreenda, consultor, palestrante e autor do bestseller “Seja o Líder que o Momento Exige”. Criador da metodologia “Passaporte para o Futuro”
Escreve a coluna Inspirando pessoas
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CEO da W Futurismo, Futurista Global, Estrategista, especialista em Foresight, em Comportamento Humano e em Gestão Positiva de Mudanças. Faz parte da comunidade da UNESCO em Futures Literacy.
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Administrador com pós-graduação em Marketing. CEO da Giros Filmes, sócio da Mundo Real e ex-CEO da Agência TUDO. Um dos mais reconhecidos profissionais de Marketing do País
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