ENCOAD 2019 - Reaprendizagem na área da saúde - CRA-SP
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ENCOAD 2019 - Reaprendizagem na área da saúde

Como a tecnologia pode ajudar a melhorar a relação entre médicos e pacientes, na era da tecnologia.

A relação entre médico e paciente é o alicerce da medicina e, apesar dos avanços tecnológicos, essa confiança nunca deixou de existir. No entanto, por conta do fácil acesso a diagnósticos encontrados na internet, o profissional tem deixado de ser uma autoridade inquestionável e precisa aprender a lidar com a situação. 

Para a Adm. Sumaia Georges, diretora-executiva na SGK consultoria e informática, “o médico precisará abrir uma nova porta de diálogo com o paciente para continuar orientando e eventualmente, usar a tecnologia para humanizar o atendimento”.

As pessoas agora estão mais engajadas e preocupadas com a própria saúde e ganharam consciência de que precisam se informar e esclarecer dúvidas sobre cuidados e prevenção de doenças. Alguns pesquisadores apontam esse engajamento como uma revolução muito grande, maior até que a revolução tecnológica dentro da medicina. “Um paciente engajado vai demandar menos cuidados e, portanto, terá melhores resultados e consumirá menos medicamentos, representando uma economia de recursos”, analisou Sumaia.

Outra grande evolução é a telemedicina, que vem ganhando espaço nos hospitais de todo o mundo. “Uma das primeiras aplicações da telemedicina foi para monitorar os sinais vitais dos astronautas, em ambientes de baixa gravidade”, observou a executiva. Consulta remota, vigilância epidemiológica, gerenciamento de desastres, segunda opinião, educação médica continuada, home care, monitoramento ambulatorial, telemonitoria e cirurgias robóticas, são alguns dos benefícios que a telemedicina traz. Pode também ser usada para gerar esclarecimentos à população, evitando a disseminação de informações falsas sobre saúde. 

O Brasil, apesar de ter uma regulamentação antiga, tem experiências consolidadas na telemedicina como o SAMU, Telessaúde Brasil Redes e Projeto Tele Minas Saúde (serviço de telessaúde de Minas Gerais). Mas, infelizmente, esse recurso ainda é subaproveitado. Os principais desafios são a criação de uma nova regulamentação, que está prevista para o fim deste ano, infraestrutura, falta de integração, confiança do paciente, treinamento dos médicos, sustentabilidade e pagamento. A telemedicina, levaria atendimento médico às regiões mais afastadas, onde existe uma carência muito grande de médicos.

Além da telemedicina, temos a inteligência artificial, que traz diagnósticos cada vez mais precisos, o compartilhamento de dados entre hospitais e médicos, o processamento de um grande volume de informações e, com todos esses aparatos, a previsão é de que aconteçam cada vez menos erros e que o paciente tenha uma relação muito melhor com seu médico. “Precisamos estar em constante processo de aprendizagem e reaprendizagem para acompanhar as evoluções das tecnologias e de tudo o que vem com elas”, finalizou Sumaia.




Revista Administrador Profissional - ADM PRO
Publicação física com periodicidade trimestral
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