Juros mais baixos, economia externa estável, maior oferta de serviços e um mercado mais dinâmico. Esses são os pontos positivos das mudanças no cenário financeiro. Porém, a instabilidade global e as transições tecnológicas que acontecem cada vez mais rápido, são alguns dos principais motivos pelos quais empresas grandes e de capital aberto, que figuram no S&P 500, as ações mais importantes da bolsa de valores de Nova Iorque (NYSE), estejam com uma perspectiva cada vez menor de duração. André Massaro, coordenador do Grupo de Excelência em Administração Financeira (GEAF/CRA-SP), explicou que a expectativa de vida das empresas, segundo uma pesquisa realizada pela Credit Suisse, em 2017, seja de 15 anos.

Além de análise, controle e planejamento, o objetivo do administrador financeiro sempre foi fazer o que estiver ao seu alcance para maximizar o valor da empresa. No entanto, com as novas condições de negócio, esse propósito deve ficar em segundo plano, como esclareceu André: “Daqui para frente, esse objetivo pode e, provavelmente, vai mudar. Num universo em que empresas estão durando cada vez menos, a gente vai ter que substituir esse objetivo supremo de maximização de valor para, simplesmente, sobreviver. Se você conseguir durar mais do que os 15 anos, você já vai ser um vitorioso.”