Impacto da tecnologia, inteligência artificial, padrões de comportamento e expectativa da sociedade.
Em uma apresentação repleta de questionamentos e baseado em projeções sobre o futuro da gestão do esporte nas organizações, Claudinei Santos, consultor especializado em Gestão de Negócios do Esporte, elencou algumas das características que estão influenciando, sobremaneira, a atuação de organizações no planejamento e aprimoramento do setor no Brasil, entre eles, a influência digital da geração Millennial; a contribuição da inteligência artificial aplicada ao esporte; a presença marcante da robótica; a exigência da realidade virtual; a Internet das Coisas; a força das redes sociais; a importância do coaching e mentoring para a orientação de equipes e técnicos, entre outros fatores.
Segundo o especialista, o uso dessas novas tecnologias na administração esportiva levou à evolução do radinho de pilha no estádio ao smartphone nas arenas multifuncionais, em um claro reflexo da mudança no comportamento do espectador e do torcedor, que hoje “leva os olhos e o coração dos amigos para a arena e compartilha as imagens e a emoção nas redes sociais”. Além disso, afirmou que é preciso estar atento ao crescimento de novas modalidades e ao relevante papel dos eSports no cenário eletrônico. “Como os gestores do esporte lidam com isso? Como reaprendem a entregar ao novo perfil do torcedor algo mais útil e agradável?”, questionou.
De acordo com ele, com a ajuda da Inteligência Artificial, é possível medir a performance de atletas e melhorar o desempenho; nas arenas, é possível observar o jogo e receber informações, em real time, de aspectos importantes a serem mudados, como, por exemplo, o formato do time, melhorando o espetáculo; além de incrementar a experiência do espectador, com informações em tempo real sobre o jogo, disponibilizadas nas redes sociais.
E para se enquadrar ao novo cenário da reaprendizagem, o especialista enfatizou que, no contexto da 4ª Revolução Industrial, as mudanças têm gerado a necessidade de adaptação mais intensa dos profissionais e organizações, que precisam se atentar tanto às novas tecnologias, quanto ao comportamento dos consumidores. “A habilidade fundamental para manter-se competitivo, evitando resistir às mudanças, é aprender rapidamente. E na gestão do esporte, isso é possível por meio do domínio pessoal; modelos mentais mais abertos para entender a nova geração; visão compartilhada, do diretor ao atleta; aprendizagem em equipe e pensamento sistêmico”, disse.
Santos finalizou sua apresentação destacando as características das organizações que aprendem:
1- As pessoas sentem que estão fazendo algo importante;
2- Cada indivíduo, na organização, sente que está expandindo sua criatividade;
3- As pessoas são mais inteligente juntas do que separadas;
4- A organização está ciente da sua base de conhecimento;
5- Visões de rumo para as organizações emergem de todos os níveis;
6- Os colaboradores são informados do que ocorre em todos os níveis;
7- As pessoas se sentem livres para indagar princípios e pré-disposições;
8- As pessoas se tratam como colegas;
9- As pessoas se sentem livres para testar e errar.