A ainda recorrente pandemia do coronavírus, acrescida de outras epidemias que têm surgido na mesma esteira, certamente nos levou a vivenciar uma experiência inédita ou, no mínimo, longe das proporções destas da atualidade.

A história contemporânea nos relata fatos semelhantes que, desafortunadamente, culminaram com milhares de vítimas fatais e outras tantas penalizadas com seus reflexos e sequelas, muitas nem mesmo reconhecidas ou reveladas pela ciência médica.

Mas o que este intróito teria de interesse para os prezados leitores deste conceituado veículo de comunicação, a nossa Revista ADM PRO, cujo público alvo e/ou majoritário pertence à classe dos administradores de empresas, nos mais diversos segmentos econômicos?

Muito, com toda certeza. De imediato, um forçado recolhimento que foi (e ainda tem sido) alvo de discordâncias e aplausos. Mas de concreto ficou um “novo normal”, introduzido e até certo ponto muito bem adaptado, como conceito do trabalho em home office, por exemplo, parcialmente realizado fora das arenas laboriosas dos escritórios e, até mesmo, de alguns setores produtivos, provocando forte debandada das empresas para menores espaços, além de mudanças para regiões com menores custos de locação e/ou próprios. Também  tiveram grandes mudanças as novas formas de comércio por internet dos mais variados tipos de produtos, inclusive alimentares, que tiveram forte adesão em todas as classes sociais. Mesmo os setores de diversão, educação, palestras, eventos e outras categorias, que sofreram uma acentuada retração num primeiro momento, foram se adaptando às novas formas de se apresentarem para se manterem vivas no seu mercado junto ao seu público.

Como pai que sou de uma professora do ensino fundamental, vi em sua atividade um impacto bastante forte na condução do nobre objetivo de ensinar, ainda mais nessa faixa etária, abaixo de 10 anos, por meio do ensino a distância. Sob a premissa de se proteger dos contágios, reflexos indesejáveis e incomensuráveis na qualidade do ensino se fizeram sentir, cuja recuperação, calcula-se, levará alguns anos. Aqui cabe uma reflexão da importância dos profissionais que revestiram-se do papel de administradores escolares  e empenham-se  para atingir um grau de eficiência na transmissão do saber às crianças e jovens.

Como se vê, tudo a ver com a ação fortemente participativa dos profissionais de Administração, que se sentiram tocados pela necessidade de proteção da saúde dos colaboradores e reinventaram toda forma de sobrevivência dos negócios sob suas responsabilidades. Os mais convictos de suas capacidades lograram êxito ao atingir crescimento de seus negócios auferindo maiores níveis de rentabilidade em relação ao período anterior à pandemia. É intrínseco, legítimo de nosso papel de administradores. 

Ao profissional de Administração importa refletir que, seja numa empresa industrial, no comércio ou nas escolas, é o momento de se decidir como operar, se presencialmente, a distância ou outra solução, minimizando ou eliminando riscos à saúde. A medição dos seus efeitos nos negócios ou nos seus objetivos é tarefa crucial e nada simples, que exige uma ampliação do campo de visão dos Administradores para uma assertiva otimizada. Muita cautela, radares atentos e que a bola continue sempre rolando, fazendo seu gol. Saúde. 

Por Adm. João Jodas

CRA-SP nº 4548