O olhar otimista do mundo - CRA-SP
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O olhar otimista do mundo

Agosto, além de ser aquele mês longo e sem feriado, é o mês do meu aniversário. Eu amo fazer aniversário, amo estar perto de quem eu amo, eu amo ter um motivo para celebrar. Um amigo fez aniversário nesse mês também e eu queria comemorar. Fui pego de surpresa. Ele me disse que diante de tanta tragédia no Brasil e no mundo ele não se sentia à vontade para comemorar nada.  

Desde então, comecei a pensar muito em mim. Tenho passado por muita coisa difícil na vida. Mas mesmo assim, estava empolgado com o meu aniversário, querendo ver e abraçar as pessoas que eu amo. Senti-me um pouco egoísta em querer celebrar a vida. Pensei que realmente as coisas andam mais tristes do que felizes.   

Desde então, comecei a analisar minhas atitudes diante de tudo que está acontecendo. Percebi que estamos caindo no automático. Logo eu, que sempre invento coisas novas, gosto de ter pessoas queridas por perto, me preocupo em surpreender quem eu amo. Eu estou sendo envolvido por esse sentimento de negatividade que tem pairado no mundo.   

Por coincidência ou destino, como queiram chamar, estava lendo um livro chamado Humanidade, do Rutger Bergman. Nesse livro, ele conta a história do homem sob um olhar positivo, mostrando que as coisas tendem a melhorar e que estão, de fato, melhorando. Ele diz que fomos condicionados a achar que quem é otimista tende a ser ingênuo, bobo e não está atento ao que de fato está acontecendo.   

Através desse olhar otimista, agradeci a Deus por estar lendo o livro certo na hora certa (repare como as coisas são boas). Resolvi retomar a minha energia. Percebi que estava deixando o trabalho no automático, fazendo as coisas por fazer, estava acomodado deixando tudo da maneira mais fácil e não da maneira como eu acredito. Lembrei de algo que sempre me acompanhou: eu preciso ser a mudança que eu quero ver no outro.   

Bregman tem uma passagem excelente no livro, quando está falando sobre o final da Segunda Guerra Mundial: “se aqueles homens - envolvidos numa guerra horrenda, que já tinha custado milhões de vidas - conseguiram sair das trincheiras, o que nos impede, aqui e agora, de fazer o mesmo?”.   

Precisamos sair das trincheiras! Temos que comemorar, sim! Comemorar a vida, comemorar cada oportunidade, cada lição aprendida, cada dose da vacina tomada, cada abraço dado, cada sorriso trocado. É de momentos sombrios que vêm a união, a gratidão, a força e a esperança. Faça aquela reunião do trabalho como se toda a continuidade da empresa dependesse dela. Aplique um feedback olhando nos olhos do seu colega. Tente ganhar um negócio como se fosse o maior da sua vida. Esse cliente pode se tornar o maior da sua vida. Precisamos aproveitar cada momento como uma dádiva. Em certos momentos, é confortável seguirmos a falácia da negatividade. Lutemos contra isso. Não é fácil, mas é possível.   

Por Adm. Guilherme Krupelis

CRA-SP nº 133934

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