CRA-SP cria ferramenta de gestão para combater o desperdício de água no estado de São Paulo - CRA-SP
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CRA-SP cria ferramenta de gestão para combater o desperdício de água no estado de São Paulo

Alinhado aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) estabelecidos pela Organização das Nações Unidas (ONU) em 2015, o Conselho Regional de Administração de São Paulo – CRA-SP lançou, no início de fevereiro, o projeto “Gestão de Águas Paulistas”, uma ferramenta administrativa para gestão do uso da água e tratamento de esgoto nos municípios do estado de São Paulo, que visa a contribuir para o desenvolvimento de políticas públicas eficientes relacionadas à água e ao saneamento.

Criada pelo CRA-SP, com a colaboração da Associação Paulista de Municípios (APM) – cuja parceria fora reafirmada recentemente – a ferramenta utiliza informações da GESAE (Gestão Estratégica de Serviços de Água e Esgoto) desenvolvida pelo CFA com dados disponibilizados pelo Ministério das Cidades (atualmente integrado ao Ministério do Desenvolvimento Regional) e possibilita aos municípios o acompanhamento da evolução histórica registrada entre os anos de 2012 e 2016, por meio de seis indicadores ligados à captação, tratamento, utilização e descarte de águas.

O projeto é apoiado pelo Grupo Temático de Águas e Saneamento da Rede Brasil do Pacto Global, por sua conformidade com o ODS 6, que visa a assegurar a disponibilidade e a gestão sustentável da água e saneamento para todos até 2030. No entanto, de acordo com Giuliana Chaves Moreira, assessora de Gestão Corporativa da Água, da Rede Brasil do Pacto Global, a iniciativa do Conselho de buscar parcerias para viabilizar o projeto em prol da maior eficiência na utilização da água está também alinhada ao ODS 17, que busca fortalecer os meios de implementação e revitalizar a parceria global para o desenvolvimento sustentável. “O projeto do Conselho está superalinhado aos ODS 6 e 17 e promete trazer grandes frutos”, vislumbra.

Indicadores a favor da população 

Para o presidente do CRA-SP, Adm. Roberto Carvalho Cardoso, além de auxiliar o trabalho de prefeitos e executivos locais na melhora do fornecimento e tratamento da água, a ferramenta também pode ser utilizada pela população para fiscalizar a gestão dos recursos hídricos de seus municípios. “Temos plena convicção de que estamos prestando um serviço de informação à sociedade que, a partir de agora, terá embasamento para cobrar por soluções, enquanto os gestores do estado e municípios terão subsídios para tomar decisões. Quem tem informação governa!”, enfatiza.

Ainda segundo Cardoso, para que a ferramenta seja capaz de alcançar o seu objetivo, ela precisa ser encarada pelas organizações como um estímulo para a redução do desperdício de água. “Acreditamos que o comparativo entre municípios promoverá a competitividade entre os gestores públicos, o que consideramos extremamente sadio. E se, por meio disso, conseguirmos resolver parte da perda da água que é tratada, melhorando a eficiência do abastecimento, já nos daremos por satisfeitos”, assume.

Segundo o presidente da APM, Carlos Cruz, os indicadores do projeto são absolutamente fundamentais para “iluminar a pista do gestor e ajudá-lo a levantar voo na gestão das águas do seu município”. “A leitura que fazemos na APM é de que o grande índice de perda das águas acontece, justamente, na rede, que é muito antiga e precisa ser substituída. É claro que isso envolve muito dinheiro, mas, de qualquer forma, é um problema que precisa ser encarado e, para isso, nada mais adequado do que começar pelos indicadores. E é exatamente isso que procuramos oferecer aqui: sinalizações que possam auxiliar o gestor na ponta”, finaliza.    

Conheça o projeto Gestão das Águas Paulistas clicando aqui. 




Revista Administrador Profissional - ADM PRO
Publicação física com periodicidade trimestral
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