Importante, urgente, faça na hora: a matriz Eisenhower e a Agenda 2030 da ONU - CRA-SP
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Importante, urgente, faça na hora: a matriz Eisenhower e a Agenda 2030 da ONU

Atribui-se a Eisenhower a frase “tudo que é urgente, raramente é importante, e tudo que é importante, raramente é urgente!”. Daí surge a Matriz Eisenhower de gestão do tempo dos C-levels das organizações. 

A matriz Eisenhower nos ensina que nas organizações há situações que são importantes e urgentes. São aquelas que não dá para deixar para depois, têm que ser feitas na hora. É o caso da Agenda 2030 da ONU. 

Por outro quadrante da matriz, outras situações vivenciadas nas organizações são claramente importantes, mas não são urgentes. Permite-nos uma programação de suas execuções. Aprendemos em Administração a importância da delegação de trabalhos às equipes. Einsenhower trouxe no terceiro quadrante de sua matriz que na liderança de equipes existem situações que não são tão importantes, mas são urgentes, ou seja, precisam ser executadas, mas podem ser delegadas às equipes. Finalizando, existem ainda nas organizações momentos de gestão que não são importantes e nem tão pouco urgentes. Nesse caso, os gestores devem tirá-las do caminho, pois não agregam valores à organização.

Pois bem, por ser importante e urgente, vamos unir a Matriz Eisenhower com a pobreza e a fome do planeta. Os líderes das maiores nações do mundo criaram em 2015 a Agenda 2030 com os 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável. Pela Matriz de Eisenhower, os líderes ali reunidos consideraram os temas da Agenda 2030 importantes e urgentes. Têm que ser realizados  “agora”!

Como um bom exemplo, temos o Brasil e a situação do primeiro objetivo da Agenda 2030: a erradicação da pobreza. Diversos são os fatores que contribuem para o cumprimento desse objetivo, principalmente a convergência de dois vetores de políticas públicas e o investimento social privado.

Tratando-se de políticas públicas a geração de empregos é um fator essencial. As pessoas com seu emprego possuem renda e, consequentemente, os valores de sua dignidade serão recuperados. Assim, a pobreza e a fome, senão erradicadas, serão suavizadas. O IBGE publicou que em maio/22 o índice de desemprego da população brasileira foi de 9,8%. Houve uma queda em relação a março/22, quando o desemprego atingia 11,1% da população.

Em relação ao segundo vetor, o investimento social privado, estamos assistindo um grande movimento das empresas em direção a implementação de políticas voltadas para o atendimento dos valores do ESG (Environmental, Social and Governance). Em junho/22, o IDIS - Instituto para o Desenvolvimento do Investimento Social promoveu o seminário “ESG e o Investimento Social Privado” e mostrou que os investidores consideram o ‘S’ o mais difícil de analisar, mas que os esforços estão sendo intensificados para que o S seja incorporado às estratégias de investimento. 

Portanto, parafraseando Einsenhower, boas políticas públicas e investimento social privado são importantes e urgentes para a erradicação da pobreza e da fome. Têm que ser feitos agora. Estamos no caminho certo!

Esse é o nosso ponto de vista!

Por Adm Djair Pereira

CRA-SP nº 8002

Administrador, professor universitário, autor do livro Investimento Social Privado e ações assistencialistas: uma luta contra a pobreza, pela Editora Dialética, e coautor do livro Planejamento Estratégico, pela Editora IESDE. 





Revista Administrador Profissional - ADM PRO
Publicação física com periodicidade trimestral
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