Desenvolver e reter talentos em meio a diversidade geracional no mercado de trabalho tem sido um desafio para os gestores. Também é cada vez mais comum se deparar com departamentos onde diferentes gerações trabalham juntas e enfrentam o choque gerado por essa interação. Por isso, agradar de forma igual essas gerações não é uma tarefa fácil. Gerar propósito, satisfação, desenvolver pessoas e manter a produtividade é a questão que várias empresas estão se deparando.
É importante que as empresas levem em consideração que ter uma diversidade de gerações dentro de seus departamentos significa que há um capital intelectual e humano que pode trazer inovação e criatividade para os desafios diários.
Em um ambiente diverso existe a experiência dos baby boomers; a responsabilidade e equilíbrio da geração X; a adaptabilidade, criatividade e senso de propósito da geração Y; e a inovação, autogestão e proatividade da geração Z, que é a mais nova no mercado de trabalho atual.
Mas como gerar propósito, desenvolver lideranças e reter talentos em meio a essa diversidade? Podemos citar duas estratégias que podem ser bem assertivas:
1. Engajar e gerar experiência
Criar espaços físicos e virtuais nos quais os colaboradores possam ter momentos de interação voltados para dinâmicas em grupos. Criar equipes mistas e rodízios de lideranças dentro dos times, além de fazer rodízios de tarefas e funções, pode gerar a interação contínua, o desenvolvimento de competências de liderança e a disseminação do conhecimento. Com isso, é possível conciliar o tradicionalismo e a experiência dos mais velhos com o dinamismo, criatividade e inovação dos mais jovens.
2. Carreiras e benefícios
Montar um plano de carreira em formato interligado de rede, permitindo que os colaboradores consigam transitar pelos diferentes setores e escolham de forma mais assertiva a função em que melhor se adequem. A possibilidade de um escopo de benefícios personalizados também deve ser levado em conta.
Não há uma receita mágica para promover o engajamento entre as gerações. Cada setor de gestão de pessoas deve criar estratégias adequadas à realidade da empresa, mas as duas citadas neste artigo podem servir de base para isso.
Um ponto chave é as empresas entenderem que suas vitrines agora são suas equipes, sendo seu capital humano o diferencial estratégico que irá gerar vantagem competitiva neste ambiente de constante mudança.
Por Adm. James N. Carvalho
Consultor/analista de gente, gestão e cultura
CRA-SP nº: 6-008002