O objetivo deste artigo é poder trazer um pouco mais de informação sobre o mercado de investimentos, suas características e oportunidades no segmento PJ.

O segmento de pessoa jurídica é parte expressiva do mercado de investimentos no Brasil. Hoje, 40% do volume de investimentos refere-se ao segmento PJ, seja ele operacional ou patrimonial, porém, muitos empresários e gestores têm dúvidas sobre como funcionam os investimentos para PJ.

E se hoje, com as baixas taxas de juros, evitamos deixar o dinheiro parado em conta corrente ou em poupança, por que seria diferente com os recursos da sua empresa? Há inúmeras opções de investimentos para todos os perfis de risco e necessidades, obedecendo aos prazos e objetivos da empresa.

Primeiro, vamos relembrar alguns conceitos de uma das principais (ou a principal), e mais utilizada, ferramenta de gestão das reservas: o fluxo de caixa. É com ela que o gestor tem capacidade de analisar as entradas e saídas, receitas e despesas e, mais do que isso: as empresas que têm reserva de caixa fazem análise e planejamento desse fluxo não somente no curto espaço de tempo, como também geram a expectativa de despesas em um longo prazo e podem projetar um caixa futuro, possibilitando mais previsibilidade e controle financeiro. Sendo assim, quanto mais planejamento a empresa tiver, mais conseguirá otimizar as reservas do fluxo de caixa e alocar esses recursos a favor do próprio negócio. Eis aí a grande importância desse planejamento.

Rentabilizar o caixa é fundamental para melhorar a gestão financeira da empresa, mas como alocar os seus recursos?

Existem três pilares para encaixar os investimentos no dia a dia da organização. São eles:

1. Liquidez
2. Baixa Volatilidade
3. Rentabilidade

É fundamental que o caixa atenda primeiro às necessidades do negócio. Por isso, inicialmente deve-se buscar produtos que atendam os dois primeiros e principais pilares, a liquidez e a baixa volatilidade, e, secundariamente, a rentabilidade.

Em quais produtos investir?

A variedade de produtos para pessoa jurídica é um pouco mais restrita que as opções para pessoa física. Para que os investimentos como pessoa jurídica sejam direcionados para opções de baixo risco e rendimento razoável, a recomendação é, portanto, manter o foco em renda fixa, pois além de trazer ganhos mais previsíveis e adequados ao planejamento do negócio, tem a característica de recolher tributos na fonte, sendo possível calcular de forma precisa os impostos a serem pagos a partir do lucro obtido.

Algumas opções de produtos convencionais para PJ são: fundos DI, fundos de investimento de estratégias variadas, compromissadas, CDBs e LFs bancárias. Também podem constar em uma carteira títulos públicos via mercado secundário, títulos privados, como debêntures, e fundos exclusivos e carteiras administradas.

Observe sempre o escalonamento da carteira de acordo com as necessidades de liquidez e analise o rating do emissor.

Lembre-se: o caixa é a fortaleza para garantir maior tranquilidade em necessidades emergenciais, novos projetos que possam surgir e maior agilidade para tomada de decisão da companhia. Seja para uma emergência ou para uma expansão, o caixa tem de estar disponível e sem grandes surpresas. Tendo-o pronto, rentável e disponível, a empresa terá muito mais agilidade e segurança na tomada de decisão.

De toda forma, o processo de investimento para PJ exige cautela e deve ser muito bem planejado e fundamentado, inclusive nos aspectos tributários. Por isso, consulte sempre um profissional em investimentos para avaliar e assegurar que este movimento será mais rentável.

Por Adm. Paulo Barros

CRA-SP nº 148994

Sócio e Financial Advisor na Convexa Investimentos

Pós-graduado com MBA em Investimentos e Private Banking, IBMEC

Contato: (11)99447-8525 / paulo@convexainvestimentos.com