Volta às aulas e os desafios para o administrador escolar - CRA-SP
Faça download do App |
Este espaço é reservado para as contribuições enviadas por profissionais registrados no CRA-SP. Para ver o seu artigo aqui, encaminhe-o para redacao@crasp.gov.br. Todos os textos passam por uma avaliação da equipe editorial, que verifica a possibilidade de publicação de acordo com requisitos como clareza de ideias e relevância do tema.

Volta às aulas e os desafios para o administrador escolar

Quando as aulas presenciais foram paralisadas em 2020, os administradores escolares e a sociedade em geral sabiam muito pouco sobre a COVID-19. Temos questões, por exemplo, sobre a adaptação dos estudantes ao ensino remoto, se haveria disponibilidade imediata de recursos básicos como internet e notebooks, além da incerteza sobre os impactos sociais e econômicos resultantes desse “novo normal”. Atualmente, quase um ano depois, a realidade é bastante diferente. A vacinação já foi iniciada, e há protocolos de segurança bem estabelecidos que, se implementados corretamente, podem contribuir substancialmente para o aumento da segurança no ambiente escolar.

Nesse contexto as escolas são desafiadas a buscar meios para disponibilizar um ambiente de aprendizagem seguro e efetivo para os estudantes, professores, educadores e a sociedade em geral. O primeiro passo para a retomada das atividades presenciais é a adesão aos protocolos de segurança. É imperativo que as escolas e universidades não acelerem a transmissão do vírus. Elas não podem se tornar um ambiente de propagação da doença. O desafio das instituições de ensino é oferecer oportunidades de aprendizagem com qualidade sem comprometer a saúde dos estudantes, professores e suas famílias.

Para proporcionar a volta às aulas de forma segura, algumas ações podem ser adotadas. Uma delas seria a redução da quantidade de estudantes por sala, o que favoreceria o distanciamento físico. Uso de máscaras e álcool gel já se mostram incorporados à pratica do dia a dia. A disponibilização de aulas físicas ou virtuais de modo concomitante seria interessante. Nesse modelo, cada família pode decidir o que lhe serve mais de acordo com a sua realidade. Sabe-se que estudantes sem acesso à internet ou a equipamentos de informática seriam muito beneficiados com a possibilidade de regressar ao ensino presencial.

No contexto universitário, diversas atividades são realizadas com dificuldade no ambiente virtual. Atividades em grupo são seriamente prejudicadas, assim como o debate em sala. A apresentação de trabalhos em grupo pode sofrer interferências técnicas decorrentes da qualidade da banda larga disponível aos estudantes. Aulas que envolvem os laboratórios e outras práticas participativas de ensino também são muito impactadas se realizadas a distância. Seria inocente imaginar que a aprendizagem ocorre de modo equivalente, pois a participação e a interação são parte importante do relacionamento entre professor aluno.

Todavia, vale ressaltar que muito foi aprendido com essa experiência não planejada à digitalização do ensino. Os professores foram convidados a revisar os modelos de práticas didáticas, ementas e muito foi aprendido no processo. Buscou-se aproximar o estudante à disciplina, intermediado pelas plataformas de comunicação. A tecnologia, antes vista com ressalvas, passa a protagonizar a experiência educacional. Acredito que evoluímos de modo sem volta.  

Por Maria Laura Ferranty Mac Lennan

CRA-SP nº 104636

Coordenadora do Mestrado Profissional da Universidade Ibirapuera e professora do Centro Universitário FEI

URL do Lattes: http://lattes.cnpq.br/6940133338089094

Maria.maclennan@ibirapuera.edu.br




Revista Administrador Profissional - ADM PRO
Publicação física com periodicidade trimestral
Conteúdo produzido pelo Departamento de Comunicação do CRA-SP
Todos os direitos reservados