Não é de hoje que o mundo corporativo entendeu que um bom líder é aquele que preza pela igualdade e transparência, condições essenciais para que haja coesão e motivação no grupo.
Em tempos de isolamento social, no qual a grande maioria está praticando o home office, a responsabilidade por manter o senso de grupo aumenta ainda mais, sobretudo, pelo fato de a comunicação usar a tecnologia como pano de fundo.
A comunicação digital é algo sensível e que requer muita atenção, uma vez que uma palavra ou até mesmo uma frase mal interpretada podem gerar desconforto e diversas outras situações conflitantes na equipe.
É preciso garantir que todos tenham a oportunidade de se expressar, afinal de contas, vivemos em uma sociedade democrática.
A emergência que se fez presente frente ao cenário de pandemia não deu espaço para que as organizações e seus líderes se preparassem para o que veio e o que ainda virá pela frente, sobretudo no quesito relacionamento interpessoal.
Em um mundo de paradigmas e preconceitos, no qual o planejamento dita as regras sobre os processos decisórios, a ausência desta etapa de preparação pode até ser encarada como um fato positivo, uma vez que projetou o indivíduo diretamente para a ação, eliminando aqueles momentos inertes, usados nas atividades de prospecção.
Diante de tal cenário é preciso repensar a comunicação e as bases do relacionamento entre os gestores e seus liderados, privilegiando a empatia e o respeito ao próximo.
Mas de que forma podemos colocar isto em prática? Talvez ainda não tenhamos as respostas exatas para tal questionamento, no entanto, ficou o aprendizado que deve ser levado em consideração na hora de se repensar o estilo de liderança.
O distanciamento, por suas particularidades, acabou, mesmo que de forma não intencional, promovendo a descoberta de novos talentos e a revitalização de colaboradores antes entregues à letargia laboral, sem falar no aparecimento de atividades inéditas e adicionais, fruto dos novos negócios firmados pelas organizações.
Nunca foi tão importante colocar em prática o exercício das lições aprendidas. As organizações que mapearam este período de pandemia certamente reunirão os elementos indispensáveis para repensar seus estilos de liderança e alinhá-los à nova realidade que, aos poucos, permeia o nosso cotidiano.
Por Adm. Alexandre de Oliveira
CRA-SP nº 070468