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Contrate com seu voto!

Quando estamos procurando um emprego, normalmente a primeira coisa que ouvimos é referente ao nosso currículo, se está atualizado ou se o temos pronto para enviar. O currículo é o documento onde a pessoa que busca determinada vaga de emprego, por vontade ou necessidade, usa para colocar seus dados, sua formação, experiências, trabalhos e objetivos, mencionando-os de maneira organizada. 

Nas empresas, no momento em que existe uma necessidade específica, procura-se alguém que tenha capacidade para resolver essa demanda. A busca tem como base a aptidão da pessoa para cumprir e resolver determinada situação. Ao receber o currículo, a organização o analisará de acordo com as necessidades específicas do cargo, avaliando se o candidato tem formação, habilidades, conhecimento e competências específicas para tal.

Embora essa não seja a única ferramenta para a pessoa ser contratada, ela serve para informar sobre suas habilidades e capacidades. Por isso é essencial sabermos a importância de um currículo, independente do cargo. Afinal, se ele é usado para a contratação de pessoas que irão receber um salário mínimo, por que não utilizá-lo na eleição para cargos políticos com altos salários?

No caso da eleição, somos colocados distantes desta ferramenta para a análise de quem iremos votar. Ao usar o currículo como ferramenta durante a eleição, pode-se alcançar mais informações específicas sobre os candidatos, sem que seja usada simplesmente a base do partido. Isso porque muitas vezes não importa ao povo quem se candidate, mas sim o partido ao qual essa pessoa está filiada, se é direita, esquerda ou centro.

Durante o processo de leitura e análise de um currículo na eleição, há também a importância de saber o  nome real de quem se candidata, sem o uso de apelidos. Afinal, o uso de apelidos e personagens ocorre com certa frequência nas eleições com o intuito de atrair o povo ou, ainda, como forma de humor ou protesto. Entretanto, é importante saber que, se eleito, não será o personagem que irá atuar na política, mas sim quem o interpretou. Embora o humor tenha sua importância para a sociedade, existem locais e momentos específicos nos quais ele deve ser aplicado ou não.

O voto é uma força de expressão igualitária, tendo o mesmo valor independente da classe social, cultura, raça e sexo. Na eleição, o uso do currículo como ferramenta nos dará força para analisar cada candidato. Quando uma pessoa quebra o braço, por exemplo, há a necessidade de profissionais com formação específica na área da saúde, como radiologista, anestesista, ortopedista e enfermeiros. A partir disto é perceptível que existe a necessidade de cargos e formações dentro de qualquer área. Na política não é diferente. Embora não seja obrigatório, é importante que haja formação específica para se candidatar, como em administração, economia, recursos humanos, gestão pública, contabilidade, direito, ciências políticas etc. A análise do currículo do candidato, com sua formação e habilidades específicas, é mais precisa do que apenas a verificação do partido ao qual faz parte, onde os debates muitas vezes são feitos baseando-se em pontos de vistas, promessas e autovalorizações. 

Por Adm. Cássio Pola Mantovani

CRA-SP n° 145202

Administrador pós-graduado em Sociologia e Ensino de Sociologia






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