Síndrome de Burnout é incluída na nova Classificação Internacional de Doenças - CRA-SP
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Síndrome de Burnout é incluída na nova Classificação Internacional de Doenças

A Organização Mundial de Saúde (OMS) incluiu a síndrome de Burnout na nova Classificação Internacional de Doenças (CID-11), durante a assembleia mundial da organização, realizada no final de maio, em Genebra. Classificada como um “fenômeno” ligado ao trabalho que afeta a saúde, a patologia está relacionada ao esgotamento laboral e, segundo o psicólogo da Holiste Psiquiatria, Ueliton Pereira, o aumento de jornadas exaustivas, imposição de metas abusivas, falta de reconhecimento e autonomia no ambiente de trabalho são algumas das possíveis causas do transtorno.

Dados do ISMA-BR (International Stress Management Association), comprovam que a síndrome acomete 32% da população que tem sintomas de estresse, e pode levar ao afastamento do trabalho, assim como causar úlceras, diabetes, aumento de colesterol, entre outros problemas de saúde. “Geralmente as pessoas que sofrem dessa síndrome não se desligam da demanda de trabalho, mantendo a mente em estado de alerta constante e ficando, assim, exaustas. Tendem a ter um perfil perfeccionista e de autocobrança em demasia, abrem mão de lazer e ócio e deixam o estresse, preocupação e nervosismo tomarem conta, o que reflete em cansaço, desmotivação e esgotamento extremo”, explica a coach e fundadora da Viva Desenvolvimento Humano, Marcia Ramires.

De acordo com Pereira, muitos pacientes relatam que sonham, só falam no trabalho e sentem inúmeros incômodos, que resultam em faltas e outros problemas. Cansaço excessivo - físico e mental, dor de cabeça frequente, alterações no apetite e no sono, dificuldades de concentração, sentimentos de fracasso e insegurança e negatividade constante são possíveis sintomas de adoecimento. “Geralmente a doença começa com uma crise de ansiedade ou pânico, para depois se desenrolar como a Burnout”, completa.

A especialista em Liderança e terapeuta sistêmica de empreendedorismo, Lúcia Quintino, dá algumas dicas para evitar o problema:

- Tire alguns momentos de total desconexão: muitas vezes, cinco minutos entre uma atividade estressante e outra são suficientes;

- Mexa-se: saia da cadeira, dê uma volta, beba água, converse com os colegas;

- Tire folga: o trabalho estará lá te esperando quando você voltar, então, quando estiver descansando, tenha certeza que está ali presente;

- Meditação: procure estar presente no presente. Se necessário, utilize técnicas de respiração e visualizações guiadas que são facilmente encontradas na internet;

- Encontre valor no que faz: caso você sinta que o que faz não vale a pena, contrate um bom coach e passe por um processo de busca do seu propósito;

- Reduza o consumo de cafeína, nicotina e álcool;

- Encontre equilíbrio nas várias áreas da vida;

- Se dê momento de prazer.

E viva! Você está aqui para viver e não para “sobre-viver”.

Lembre-se: nada começa do dia para noite, ao perceber que há algo errado, procure ajuda de um terapeuta ou psicólogo para fazer o diagnóstico correto.




Revista Administrador Profissional - ADM PRO
Publicação física com periodicidade trimestral
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